Por que passas tão distante de mim? Majestade dona Do infinito que não domino. Sei que a distância Impede que notes O tamanho do meu sentimento. Mas também sei, que não sabes o quanto um coração que ama Pode voar.
Ao repousar serena Nesse teu remanso, Reluzente espelho Da história cotidiana, Se faz efêmera a pretensão Da eternidade humana, Dissipada ante a grandeza Da imensidão do infinito!
Que toda luz seja dada Aos que buscam na luz Inspiração ao divino! E que sempre exista a noite Pra realçar no seu manto, A emoção de toda beleza se descobrindo.
Qual rei Poderia sonhar com tal poder? Que arquiteto Poderia conceber tão belo templo? Que ao menos Numa fração de singeleza Pudesse se comparar ao meu castelo Com toda beleza que daqui contemplo!
Sobre o mar Lanço o meu olhar perdido, O que se encontra Muito além Desse além mar? São meus limites Que estão se confundindo? Serão meus desejos Sem limites para sonhar?
A beleza se molda Em um sublime momento, Sem ao menos exigir Da vida um pretexto. E muitas vezes se mostra No simples refletir Que coloca a vida e a arte No mesmo contexto.